Na história da humanidade, a Idade Antiga (ou Antiguidade) é o período que se inicia com o desenvolvimento da escrita pelos sumérios (cerca de 4000 anos a.C.) e termina com a queda do Império Romano do Ocidente (em 476 da Era Cristã). O período compreende as civilizações egípcia, a mesopotâmica, a hebraica, a fenícia e a persa. Também foi na Antiguidade que surgiu a civilização grega, bem como o Império Romano. Os gregos trouxeram contribuições importantíssimas à cultura ocidental, com a criação do teatro, da matemática, da história, da medicina e das artes plásticas, todas essas realizações, porém, partindo da filosofia.
Filosofia significa “amor à
sabedoria”, ciência iniciada na Grécia Antiga, a partir do século VI a.C., com
alguns pensadores que, com esforço pessoal, intelectual e intuitivo, chegaram a
conclusões sobre a natureza humana e o universo. Tales de Mileto e Pitágoras
foram filósofos matemáticos, sendo seus teoremas utilizados até hoje. Surgiram
os sofistas, como Protágoras, que afirmava: "O homem é a medida de
todas as coisas". Foram criadas as escolas socrática, platônica e
aristotélica.
O
Cristianismo surgiu na Antiguidade, quando tudo isso já estava elaborado e
exercendo grande influência no Império Romano, inclusive sobre a Província da
Judeia. Jesus Cristo foi um mestre sem precedentes. É espantosa a oralidade dos
seus ensinos e a fidelidade aos mesmos demonstrada por seus apóstolos e
discípulos. Quando a Igreja começou no Pentecostes, não dispunham seus líderes
de nenhum texto evangélico escrito que pudesse ser consultado, a não ser o Antigo
Testamento, que refletia as crenças do judaísmo e as profecias que anunciavam a
vinda do Messias. Foi esse o material utilizado por Pedro, por Estêvão e pelos
demais líderes cristãos na propagação inicial do evangelho, além de poderem
compartilhar sua própria experiência pessoal com o Senhor Jesus. No entanto, se
o Novo Testamento ainda seria redigido no primeiro século, a filosofia grega já
tinha seus textos e suas escolas devidamente formadas e organizadas. Não foi,
portanto, sem razão que os líderes cristãos iniciais quisessem adaptar a
mensagem do evangelho do evangelho àquilo que os gregos entendiam como válido.
A
Patrística, do segundo século em diante, foi um período que se caracterizou
pelo resultado dos esforços iniciais dos apóstolos e também dos chamados “Pais
da Igreja”, para conciliar a nova religião com o pensamento filosófico mais
corrente da época entre os gregos e os romanos. Justino, Tertuliano, Clemente
de Alexandria, Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio, Gregório de Nissa e
outros representam a primeira tentativa de aproximar o cristianismo de
determinados princípios da filosofia grega. Quanto ao governo, Igreja e
poder imperial andaram juntos, quando Papas e Imperadores se influenciavam
mutuamente na liderança dos respectivos poderes.
Já
em plena Idade Média, a Escolástica, a partir do século onze, foi um período no
qual o Cristianismo sofreu bastante influência do pensamento socrático e
platônico. A Renascença, nos séculos XIV a XVI, redescobriu trabalhos de
grandes autores e artistas gregos e romanos da Antiguidade, além de introduzir
o antropocentrismo.
No
século XV, ocorreram grandes acontecimentos históricos, como a tomada de
Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453, a criação da imprensa móvel por
Gutemberg em 1456, as grandes navegações transoceânicas empreendidas por povos
europeus, começando por Portugal e Espanha, além do já citado Renascimento, que
teve seu apogeu na época, iniciado que fora anteriormente ao século XV.
O
mundo ocidental começou a passar por grandes transformações, que vão ocasionar
o surgimento da Modernidade. A Reforma Protestante a partir de Lutero aconteceu
no início do período moderno, com a expansão marítima europeia, a revolução
comercial, o mercantilismo, o colonialismo europeu nas terras
recém-descobertas, o absolutismo e o iluminismo. Já no século XVIII, revoltas
populares na França culminaram com a Revolução Francesa, em 1789, trazendo
novos parâmetros para o pensamento político, econômico, filosófico e religioso
da época, os quais exercem grande influência no mundo ocidental, mesmo nos dias
de hoje. Alguns historiadores costumar considerar os acontecimentos posteriores
à Revolução Francesa como Era Contemporânea. Preferimos estender a Modernidade
até o início do século XX. Acontecimentos como a Revolução Industrial e a
independência de muitas colônias que se constituíram nos países atuais,
inclusive o Brasil, marcaram o período, com o amadurecimento das ideias iluministas
disseminadas pela Revolução Francesa e o progresso científico na
busca de novos conhecimentos para entender o homem e a sociedade. Buscaram-se
então novas alternativas para a convivência social, como o sistema comunista de
Karl Marx, além da reivindicação pela quebra do estado disseminado pelos
anarquistas. O capitalismo se consolidou como hegemonia no sistema
político e econômico do globo.
Segundo
os historiadores, a Idade da Razão foi realmente um dos períodos de maior
esperança na história da humanidade. Tudo levava a crer que o século XX seria a
era que centralizaria a solução para todos os problemas humanos, transformando
a terra num paraíso.