segunda-feira, 13 de julho de 2020

19. A GUERRA SANTA


O islamismo é uma das principais religiões do mundo, sendo muito popular na África, Ásia e está em franco crescimento na América do Norte e na Europa. É atualmente a segunda maior religião do planeta, com quase dois bilhões de fiéis espalhados nos cinco continentes. Seu surgimento remonta ao século VII por meio da ação do profeta Maomé. É uma religião monoteísta, crendo em Alá. “Islã” significa submissão, termo derivado de “salam” (paz) e muito parecido com o shalom judaico. “Muslim”, palavra árabe que significa submisso, dá origem a muçulmano. O surgimento do islamismo aconteceu no começo do século VII por meio das ações de Maomé, o grande profeta do islã, após. Segundo creem, revelação por meio do anjo Gabriel.

Os cinco pilares do Islamismo são:

·        Recitação da shahadah: “não existe nenhum deus além de Alá e Maomé é seu profeta”.

·        Cinco orações diárias voltando-se para a direção de Meca.

·        Jejum obrigatório durante o período do Ramadã.

·        Doação de 2,5% de seus lucros para as pessoas mais pobres.

·        Visitação de Meca ao menos uma vez na vida.

A palavra árabe "jihad" é traduzida como "guerra santa". Façamos uma comparação entre a guerra santa, promovida nas Cruzadas cristãs, e a chamada jihad dos muçulmanos. Vamos nos basear em dois fatos históricos: a primeira conquista muçulmana nos séculos VII e VIII e as Cruzadas dos cristãos ocorrida nos séculos XII e XIII.
A jihad muçulmana começou com a morte de Maomé em 633 e terminou na batalha de Tours em 732; as cruzadas aconteceram a partir do Concílio de Clermont, em 1095, indo até a queda da cidade de Acre, em 1291. 
O motivo da jihad era espalhar a verdadeira fé entre os infiéis; as cruzadas buscavam proteger os peregrinos e a glória de Deus e recapturar os lugares santos da Cristandade das mãos dos turcos e infiéis, também muçulmanos. O incentivo oferecido pela jihad era a entrada imediata no paraíso, prometida aos que morressem; as cruzadas prometiam indulgência plena, ou seja, perdão dos pecados passados, presentes e futuros; para os que morressem, entrada imediata no céu; para os outros participantes, perdão das dívidas e isenção dos impostos.

A jihad tratava os inimigos exigindo que os pagãos se convertessem, se não seriam mortos; judeus e cristãos tinham ocasionalmente permissão de conservar a religião, mas eram obrigados a pagar tributo, abstendo-se de praticar o proselitismo. Nas Cruzadas, os muçulmanos capturados foram mortos indiscriminadamente à espada e os habitantes e guetos judeus foram assassinados.

Como resultado da jihad, Palestina, Síria, Ásia Menor, Egito, Norte da África e Espanha foram subjugados; a língua grega foi preservada pelo restante da Idade Média. Como resultado das Cruzadas, não houve conquista permanente de território; as culturas greco-romanas clássicas foram redescobertas, houve crescente inimizade entre a Igreja Oriental e a Ocidental, bem como entre cristãos, judeus e muçulmanos. A comparação feita mostra que qualquer que seja o extremismo, cristão, ou muçulmano, ou de qualquer outra natureza, ele deve ser evitado, pois o resultado final após o conflito gerado é muito parecido de lado a lado, ou a desgraça é gerada em qualquer circunstância.

ÍNDICE

Introdução 1.        O século apostólico 2.        Expansão, perseguição e defesa da fé 3.        Acusações e perseguição 4.        ...